Altruísmo

Minha intenção original ao ingressar neste blog era cuidar da parte poética, escrever aquelas, assim chamadas, 'viadagens'. Porém, uma modalidade mais interessante se apresentou. Quando escrevi "O maior dos vícios" percebi que esse é o caminho: cuidar da parte 'filosófica'.

Para dar continuidade escreverei sobre o altruísmo, a abnegação, o que se diz daquele indíduo cheio das boas intenções que ajuda ao próximo e deve ser adorado pela sua generosidade. Só que eu não acredito na tal abnegação (renúncia da própria vontade em prol do próximo) e dedicarei as linhas seguintes a explicar porquê.

Para começar, uma declaração polêmica: a diferença entre o egoísmo e a genorisidade é a dimensão da hipocrisia, onde os mais sinceros são os egoístas. Não importa o que se diga nós NUNCA renunciamos a nossa vontade, é impossível.

Somos egoístas por natureza, é nosso instinto, fazemos aquilo que NOS faz bem. Quem faz o bem só o faz porque aquilo é que o torna feliz, seria infeliz se praticasse o mal, sua moralidade não deixa. Alguns pela alegria de ajudar ao próximo, outros pelo o orgulho de ser uma pessoa boa, eu me encaixo nestes últimos.

Aqueles com pouca abstração devem ter pensado em um exemplo mais óbvio: quando te forçam a fazer algo (apontando uma arma para sua cabeça por exemplo). Ainda sim se faz aquilo que nossa vontade indica: obedecer o bandido para não morrer, ser roubado é melhor que morrer.

Mas não se preocupe, esse egoísmo nos levará ao lugar certo. Como disse Sócrates: "Se o desonesto soubesse a vantagem de ser honesto, ele seria honesto ao menos por desonestidade"

Minha conclusão é que não existem pessoas más ou boas na verdade, apenas pessoas. Algumas se felicitam em fazer "o mal", outras em fazer "o bem". Devemos continuar a idolatrar os "altruístas"? Alimentar o seu ego? Claro! Queremos que eles continuem a trabalhar para nós, não é mesmo? ;-)

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

0 críticas: